A China exortou a Austrália a fazer mais para trazer estabilidade à região da Ásia-Pacífico, expressando preocupação com a ligação de Canberra com Washington e seu uso da “teoria da ameaça da China” como desculpa para desenvolver mísseis hipersônicos.
Falando na quinta-feira, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, disse à imprensa que Pequim estava preocupada com o impacto desestabilizador de Canberra na segurança regional.
Hua estava respondendo a perguntas sobre uma nova parceria EUA-Austrália para desenvolver e testar mísseis de cruzeiro hipersônicos lançados do ar. Os dois aliados anunciaram o acordo no âmbito do programa bilateral Southern Cross Integrated Flight Research Experiment, ou SCIFiRE, na segunda-feira.
A porta-voz afirmou que os EUA lideraram o desenvolvimento de armas hipersônicas nos últimos anos e são responsáveis por aumentar o ímpeto da corrida armamentista com a China e a Rússia, o que tem um sério impacto na estabilidade estratégica.
“A Austrália segue de perto o ritmo dos Estados Unidos, contando com a chamada ‘teoria da ameaça da China’ e ‘teoria da ameaça da Rússia’ para desculpar a expansão de suas armas, que agregou fatores de instabilidade à segurança da região e do mundo. A China está preocupada com isso”, disse ela.
Hua afirmou que a China sempre perseguiu uma política de segurança nacional defensiva e não tem qualquer intenção de atacar a Austrália ou entrar em uma corrida armamentista com eles.
“O desenvolvimento do nosso poderio militar não se dirige a nenhum país específico. Não temos uma estratégia e um plano de combate global como os Estados Unidos, nem pretendemos atingir a Austrália, muito menos uma corrida armamentista com outros países”, observou ela.
A porta-voz concluiu instando Canberra a reconsiderar seus próprios interesses de segurança e fazer mais para aumentar a confiança mútua na região.
As relações entre a China e a Austrália foram tensas em 2020, mas pioraram ainda mais na segunda-feira, depois que o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, tuitou uma imagem photoshopada de um soldado australiano sorridente em pé nas bandeiras australiana e afegã e segurando uma faca ensanguentada ao lado de a garganta de uma criança, uma referência às alegações de soldados de elite australianos executando prisioneiros e civis.
O primeiro-ministro australiano Scott Morrison criticou a imagem adulterada como “verdadeiramente repugnante” e “uma calúnia terrível para nossas grandes forças de defesa”.
Pequim se recusou a se desculpar, dizendo que Canberra deveria se concentrar em sua investigação de crimes de guerra no Afeganistão.
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Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com Fonte: RT.com Quer compartilhar com um amigo? Copie e cole link da página no whattsapp |
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