Realidade verificada: não importa quem vença para a Casa Branca, o novo chefe será igual ao antigo patrão.



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…o novo patrão será o mesmo que o anterior e nós – os eternos destituídos da América – continuaremos a ser forçados a andar a toque de caixa com o estado policial em todas as questões, públicas e privadas. A política hoje é apenas sobre uma coisa: manter o status quo entre os Controladores (os políticos, os burocratas e a elite empresarial) e os Controlados (os contribuintes).

O novo patrão da Casa Branca será tal como o anterior, seja quem for.

    “O principal problema em qualquer democracia é que os demagogos são normalmente uns suínos desmiolados que sobem a um palco e lançam os seus apoiantes numa orgia frenética – depois voltam para o escritório e vendem todos os pobres idiotas por um cêntimo cada”.
    — Hunter S. Thompson

A política hoje não é sobre Republicanos e Democratas.

Nem é sobre cuidados de saúde, aborto, impostos mais altos, ensino gratuito nem qualquer dos outros chavões que se tornaram os slogans de campanha para indivíduos que dominam a arte de dizer aos americanos exatamente aquilo que eles querem ouvir.

A política hoje é apenas sobre uma coisa: manter o status quo entre os Controladores (os políticos, os burocratas e a elite empresarial) e os Controlados (os contribuintes).

Hillary não vai salvar a nação. Nem Bernie, Trump, Rubio ou Cruz.

Os únicos que podem salvar a nação somos “nós, o povo”, mas o povo americano faz questão em deixar-se convencer de que um novo presidente na Casa Branca pode resolver os problemas que nos atormentam.

Seja quem for que ganhe as próximas eleições presidenciais, podemos ter a certeza de que o novo patrão será o mesmo que o anterior e nós – os eternos destituídos da América – continuaremos a ser forçados a andar a toque de caixa com o estado policial em todas as questões, públicas e privadas.

Camp-FEMALeia também: O estado policial nos EUA: na ditadura americana a lei serve os poderosos não a justiça.

Claro, como assinalo no meu livro Battlefield America: The War on the American People, chamem eles como quiserem – os 1%, a elite, os controladores, os arquitetos, o governo sombra, o estado policial, o estado de vigilância, o complexo militar-industrial – desde que percebam que qualquer que seja o partido que ocupe a Casa Branca em 2017, a burocracia não eleita que controla continuará a controlar.

Considerem o que se segue como um banho de realidade, um antídoto se quiserem, contra uma overdose de anúncios de campanha, grandiosas promessas eleitorais e sentimentos patrióticos sem qualquer sentido, que nos encerram diretamente na mesma cela da prisão.

Realidade: Segundo um estudo científico de investigadores de Princeton, os Estados Unidos da América não são a democracia que pretende ser, mas uma oligarquia, em que “elites econômicas e grupos organizados, que representam interesses econômicos, têm impactos independentes na política do governo dos EUA.

Realidade: Apesar de o número de crimes violentos no país ter baixado substancialmente, para a taxa mais baixa em 40 anos, aumentou exponencialmente o número de americanos presos por crimes não violentos, como guiar com a carta suspensa.

Realidade: Graças à superabundância de mais de 4500 crimes federais e mais de 400 mil regulamentos, calcula-se que, em média, um americano pratica três delitos graves por dia sem ter conhecimento. Com efeito, segundo o professor de direito John Baker, “Não há ninguém nos EUA com mais de 18 anos que não possa ser acusado de qualquer crime federal. Isto não é exagero”.

Realidade: Apesar de termos 46 milhões de americanos vivendo na linha da pobreza ou abaixo dela, 16 milhões de crianças vivendo em lares sem acesso adequado a alimentos, e pelo menos 900 mil veteranos que subsistem graças a senhas de alimentos, continuam a atribuir-se enormes quantias de dinheiro dos contribuintes para férias presidenciais (16 milhões de dólares para viagens a África e ao Havai), para a fraude de horas extra no Departamento de Segurança Nacional (perto de 9 milhões de dólares em inexistentes horas extras, isto apenas em seis dos muitos gabinetes do Departamento de Segurança Nacional), e produções cinematográficas de Hollywood (10 milhões de dólares em dinheiro dos contribuintes gastos pelo Exército da Guarda Nacional no filme Superman para um conhecimento acrescido sobre a mesma).

Realidade: Desde 2001 que os americanos gastaram 10,5 milhões de dólares por hora em inúmeras ocupações militares no estrangeiro, incluindo no Iraque e no Afeganistão. Também há as despesas de 2,2 milhões de dólares por hora para manter o arsenal nuclear dos Estados Unidos, e os 35 mil dólares gastos por hora para produzir e manter a nossa coleção de mísseis Tomahawk. E há o dinheiro que o governo exporta para outros países para sustentar os arsenais deles, com um custo de 1,61 milhão de dólares por hora para os contribuintes americanos.

Realidade: Calcula-se que 2,7 milhões de crianças nos Estados Unidos têm pelo menos um dos pais na prisão, quer seja uma cadeia local ou uma penitenciária estatal ou federal, devido a uma ampla série de fatores que vão desde a alta criminalidade e assaltos a casas até a auto-stops.

Realidade: Segundo uma sondagem Gallup, os americanos têm mais fé nas forças armadas e na polícia do que em qualquer dos três ramos do governo.

Realidade: “Hoje, 17 mil forças policiais locais estão equipadas com equipamento militar, como helicópteros Blackhawk, metralhadoras, lança-granadas, aríetes, explosivos, sprays químicos, armaduras, visão noturna, rapel automático e veículos blindados“, informa Paul Craig Roberts, antigo secretário-adjunto do Tesouro. “Algumas têm tanques”.

Realidade: Morrem pelas mãos da polícia, pelo menos, 400 a 500 pessoas inocentes por ano. Com efeito, os americanos têm oito vezes mais probabilidades de morrer num confronto com a polícia do que serem mortos por um terrorista. Os americanos têm 110 vezes mais probabilidades de morrerem duma doença por falta de comida do que num ataque terrorista.

Realidade: Os polícias têm mais probabilidades de serem atingidos por um raio do que de serem responsabilizados financeiramente pelos seus atos errados.

Realidade: Num dia normal na América, mais de 100 americanos veem as suas casas invadidas por equipes policiais da SWAT. A maior parte desses assaltos baseia-se em mandados. Tem havido um assinalável aumento nos últimos anos de equipes da SWAT fortemente armadas nas organizações federais sem ligação com a segurança, como o Departamento da Agricultura, o Conselho de Reformas de Ferrovias, a Autoridade do Vale do Tennessee, o Gabinete de Gestão de Pessoal, a Comissão de Segurança de Produtos de Consumo, os Serviços de Pescas e Vida Animal dos EUA, e o Departamento de Ensino.

Realidade: O sistema de reconhecimento facial Next Generation Identification (NGI), do FBI, que vai deter dados sobre milhões de americanos, incluirá uma série de dados biométricos, incluindo as impressões da palma das mãos, a varredura da íris, e dados de reconhecimento do rosto. O ING poderá carregar 55 mil imagens por dia, e efetuar dezenas de milhares de pesquisas de fotos por dia.

Realidade: Integrando uma indústria de 82 mil milhões de dólares, espera-se que haja pelo menos 30 mil “drones” a ocupar o espaço aéreo dos EUA em 2020.

Realidade: Tudo aquilo que fizermos acabará por estar ligado à Internet. Calcula-se que, em 2030, haverá 100 trilhões de dispositivos sensores ligando dispositivos eletrônicos humanos (telefones celulares, computadores portáteis, etc.) à Internet. Grande parte dos nossos dispositivos eletrônicos, senão todos, estarão ligados ao Google, que funciona abertamente com agências de inteligência governamentais. Praticamente tudo o que fazemos hoje – por mais inocente que seja – está a ser recolhido pela espionagem do estado policial americano.

Realidade: Os americanos não sabem praticamente nada da sua história nem como funciona o seu governo. Com efeito, segundo um estudo do Centro da Constituição Nacional, 41% dos americanos “não sabem que há três ramos de governo e 62% não conseguiram nomeá-los; 33% nem sequer conseguiram mencionar um deles”.

Realidade:seis em cada cem americanos sabem que têm o direito constitucional de responsabilizar o governo por ações erradas, conforme garantido pela cláusula do direito à petição da Primeira Emenda.

politics-droneLeia também: Obama autoriza ataque de drones aos próprios cidadãos americanos.

O fato mais perturbador talvez seja o seguinte: entregamos o controle do nosso governo e da nossa vida a burocratas sem rosto que nos consideram pouco mais do que gado, que têm que alimentar, marcar a ferro, matar e vender para ter lucro.

Se é que ainda há qualquer esperança de restaurar a nossa liberdade e reclamar o controle do nosso governo, não é com os políticos mas com o próprio povo.

Depois de tudo dito e feito, cada americano terá que decidir por si mesmo se prefere uma perigosa liberdade a uma escravidão pacífica. Uma coisa é certa: o ritual tranquilizador de votar não vai alterar uma vírgula no caminho para a liberdade.

Autor: John W. Whitehead

Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com

Fonte: Rutherford.org

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